terça-feira, 28 de setembro de 2010

FÉRIAS NA CROÁCIA

Deixo aqui, a reportagem fotográfica de uma viagem simplesmente revigorante! Que maravilha de país! Espero receber outras fotos em breve...













terça-feira, 14 de setembro de 2010

Programa do Jô - Histórias do Claudinho o político gago

Convido-vos a rirem-se um bocado com esta entrevista. Só os brasileiros de facto! Falta aos nossos políticos algum sentido de humor e capacidade de auto-crítica. O que seria se esta entrevista tivesse sido dada em Portugal? Pela parte que me toca, consigo confiar muito mais numa pessoa assim! Fiquei a gostar do homem. Se calhar dizia-lhe para mudar de camisa. No entanto e por outro lado, fica a condizer com a magnífica gravata do Jô!!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Anuncio Folha de São Paulo legendado PT-BR

Como é que sabemos o que é verdade? Até que ponto é que as nossas opiniões não são mais do que o produto da informação que nos é fornecida? Em quem e no que é que devemos confiar? Para mim é preocupante. Este belo anúncio dá que pensar...

Ps: Gosto de ler a Folha!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

DO QUE PRECISAMOS PARA SER FELIZES?


Reproduzo aqui um texto que recebi de uma amiga que vai para o Senegal. Para a Mafalda, que escreveu este texto vão os meus parabéns. Revejo-me em absoluto nas suas palavras. Infelizmente o bottom line da coisa é que andamos todos a tentar sobreviver, cada um à sua maneira e no seu contexto. No entanto, acho que nós, "povos alegadamente desenvolvidos", no nosso íntimo, sentimos que algo não está certo, não encaixa ou simplesmente é estranho e pouco inato à nossa condição humana. Dá que pensar...



"Porque há dias em que a saudade bate mais forte, em que as lembranças vêm à memória com mais intensidade, em que desejávamos acordar lá... hoje lembrei-me e pensei... No interior do Senegal, numa das zonas rurais mais pobres e carenciadas, encontrei o que nunca esperei. Tinha-me preparado mental e emocionalmente para encontrar a maior miséria, aquela que quase sempre nos chega através da comunicação social. Estava à espera de encontrar aquela imagem típica quando se fala de África, que é uma criança subnutrida, triste, infeliz, só. Não estava preparada para encontrar o que encontrei, talvez por isso me seja tão difícil desligar e não voltar lá muitas vezes, nem que seja apenas em pensamento. Encontrei pobreza, miséria, subnutrição, sim. Encontrei falta de água, de comida, de condições de habitação, sanitárias, de educação, de saúde. Mas encontrei, acima de tudo, um sorriso, um grito de alegria, uma vontade de dançar ao som do batuque durante horas a fio. Encontrei a capacidade de partilha, o espírito de família e de comunidade. Encontrei um amor e um respeito admirável às crianças e aos idosos. Encontrei educação. Encontrei tempo para deixar a vida do dia-a-dia e simplesmente estar junto dos outros. Tudo isto foi como um murro no estômago para mim. Eu, que pensava um dia poder ir ensinar alguma coisa àquele povo, fui completamente derrubada pela lição de vida que me deram. Eu, que pensava ir dar alguma coisa, abri as mãos, tão vazias, e humildemente recebi tudo o que me ofereciam, mesmo que não soubessem que o estavam a fazer. Quis ter o poder de conservar para sempre a memória do que vi e senti. Por isso revejo tantas vezes as fotografias e escrevo. Para me lembrar sempre. Das pessoas, do que me deram e ensinaram, das cores, dos cheiros, dos sons, das gargalhadas e dos gritos das crianças, das palavras, do sabor do pó na boca e na garganta, do corpo transpirado e sujo, da sensação de profunda felicidade no meio do nada, do tempo que não se conta nem se sente passar... Penso muitas vezes em como, no fundo, somos tão infelizes. Procuramos encher a nossa vida com todas as inovações tecnológicas de ponta, os melhores carros, casas cheias de coisas de que na verdade não precisamos, bons restaurantes, roupa de marca, entre tantas outras coisas que podia enumerar!... Tentamos preencher todo o tempo com inúmeras actividades, encher todas as conversas ou encontros com alguém com milhares de palavras sem sentido. Ou então isolamo-nos num mundo só nosso e esquecemos que à nossa volta estão pessoas que nos amam e precisam de nós. Para quê? Será que é assim que encontramos a felicidade? Se olharmos à nossa volta, quantas pessoas estão deprimidas ou infelizes?... E quantas estão verdadeiramente felizes?... Não haverá qualquer coisa que nos está a escapar? Não estaremos a desperdiçar a nossa vida em tudo aquilo que não vale a pena nem nos preenche na verdade?... Em África encontrei uma alegria de viver que aqui não encontro. No meio da miséria. Longe de televisões, de telemóveis de última geração, de carros topo de gama, de playstations... As crianças brincam na rua, inventam as suas brincadeiras, deliciam-se e derretem-se com a mais simples das coisas, e, apesar de tudo o que as rodeia e de a maior parte apenas ter uma "refeição" por dia, são felizes.... Não têm material escolar, mas têm um orgulho imenso de andar na escola... Não têm calçado, mas correm e pulam desenfreadamente... Porque e para onde corremos tão apressados e tão convencidos da nossa superioridade, afinal?... "
Autoria de Mafalda Branco