terça-feira, 30 de junho de 2009

QUEM EDUCA ESTA GENTE?


Já não bastava a triste figura que os professores do secundário têm vindo a fazer nos últimos meses, vejo agora os professores universitários juntarem-se à causa. A pergunta que faço é esta, será que são estes os formadores dos futuros líderes deste país?


Acho que estamos todos de acordo quanto à importância da avaliação dos nossos professores. Julgo que até os professores estão de acordo com a avaliação dos seus pares. Poderei compreender que discordem de alguns aspectos da mesma e que a queiram "melhorar". No entanto pergunto, será melhor uma avaliação imperfeita que poderá e deverá ser melhorada ou avaliação nenhuma? Quando a solução proposta por alguns é a abolição/suspensão dessa mesma avaliação só consigo tirar uma conclusão disto tudo... Estes senhores não querem é trabalhar!


Contudo, o que mais me preocupa é o exemplo que damos aos nossos alunos.


Sempre considerei que a faculdade tinha dois propósitos fundamentais, criar estrutura de raciocínio e moldar caráteres. Assim sendo, cuidado com os homens que estamos a criar. A criação de carácter só é possível se estiver montada num caminho de princípios. Esses princípios são postos em causa quando os que têm o papel de os incutir os ignoram, desvalorizam ou mesmo marginalizam. Quando quem ensina renega o caminho da excelência, como esperamos que se comportem os que deles aprendem...


Se não precisamos de mudar e se tudo vai bem no mundo dos que ensinam, porquê tanto receio? Se os professores são todos tão competentes, porque temem a avaliação? Não será legítimo que os bons professores sejam louvados e que os maus professores sejam chamados à razão?


Diz o povo que quem não deve, não teme. O que é facto é que anda tudo aflito.


Quando quem educa parece ser quem mais precisa de ser educado, estamos no mau caminho...

terça-feira, 23 de junho de 2009

PROPÓSITO


Apesar de me considerar uma pessoa ambientalmente preocupada, desenganem-se os que poderiam pensar que este blog tem como propósito a defesa incondicional da espécie supra referida. Apesar de não pretender retirar importância ao tema ecológico tão em voga, procurarei tornar este no meu cantinho, onde os meus queridos amigos poderão acompanhar o que me vai na mente...


A verdade é que por vezes me sinto como mais uma árvore no meio de uma imensa floresta onde vejo cada vez mais eucaliptos e isso não me agrada. Vejo a falta de valores e moralidades galardoados, vejo a troca do mérito pelo resultado, vejo a mentira na verdade, vejo um vazio de "liderança" preenchida por interesses instalados, rodeada de mamões sem cadeira à espera que recomece a música, vejo a estupidificação de um povo que tanto convém a alguns mas que não convém a ninguém, vejo o desespero na luta permanente pela subsistência, vejo a liberdade condicionada, vejo a palavra vazia, vejo um povo sem alma...


Dito isto, acredito que somos grandes... Acredito na mudança, acredito num caminho, acredito na alternativa... Acredito na verdade, acredito na ponderação, acredito que no meio está a virtude, acredito que ser sério compensa... Acredito na amizade, acredito no amor, acredito nas pessoas e do que são capazes quando arquivam as suas diferenças... Acredito, em suma, que podemos e devemos fazer muito melhor...

INTRODUÇÃO - A Metáfora do Eucalipto

A expressão deserto verde é utilizada pelos ambientalistas para designar a monocultura de árvores em grandes extensões de terra para a produção de celulose, devido aos efeitos que esta monocultura causa ao meio ambiente. A árvore mais utilizada para este cultivo é sobretudo o eucalipto.
Os impactos sócio-ambientais aqui citados referem-se à condição de plantio de árvores produtoras de celulose em regime de monocultura extensiva. A intensidade destes impactos depende das condições ambientais anteriores ao plantio, da espécie de árvore a ser plantada e da extensão da área de cultivo. De modo geral, pode-se inferir os riscos de:
- Desertificação das regiões plantadas: por serem árvores de crescimento rápido, há grande absorção de água, podendo levar ao secamento das nascentes e exaustão de mananciais de água subterrânea, afetando seriamente os recursos hídricos locais.
- Prejuízo aos solos: como toda monocultura, há exaustão dos solos, o que inviabiliza outras culturas. Além disto, o solo fica exposto durante dois anos após o plantio e dois anos após a colheita, facilitando a erosão.
- Redução da biodiversidade: a alteração do habitat de muitos animais faz com que nas regiões de monocultura de árvores só hajam formigas e caturritas.
O termo deserto então provém tanto do efeito de desertificação e erosão dos solos quanto do vazio em biodiversidade e em populações humanas encontrado nas regiões de cultivo. Para mitigar estes efeitos, alguns especialistas propõem o plantio de outras espécies vegetais entre corredores dedicados ao plantio de árvores produtoras de celulose. Entretanto, as empresas resistem à aplicação de tal técnica, pois sua meta é maximizar os lucros.