A expressão deserto verde é utilizada pelos ambientalistas para designar a monocultura de árvores em grandes extensões de terra para a produção de celulose, devido aos efeitos que esta monocultura causa ao meio ambiente. A árvore mais utilizada para este cultivo é sobretudo o eucalipto.
Os impactos sócio-ambientais aqui citados referem-se à condição de plantio de árvores produtoras de celulose em regime de monocultura extensiva. A intensidade destes impactos depende das condições ambientais anteriores ao plantio, da espécie de árvore a ser plantada e da extensão da área de cultivo. De modo geral, pode-se inferir os riscos de:
- Desertificação das regiões plantadas: por serem árvores de crescimento rápido, há grande absorção de água, podendo levar ao secamento das nascentes e exaustão de mananciais de água subterrânea, afetando seriamente os recursos hídricos locais.
- Desertificação das regiões plantadas: por serem árvores de crescimento rápido, há grande absorção de água, podendo levar ao secamento das nascentes e exaustão de mananciais de água subterrânea, afetando seriamente os recursos hídricos locais.
- Prejuízo aos solos: como toda monocultura, há exaustão dos solos, o que inviabiliza outras culturas. Além disto, o solo fica exposto durante dois anos após o plantio e dois anos após a colheita, facilitando a erosão.
- Redução da biodiversidade: a alteração do habitat de muitos animais faz com que nas regiões de monocultura de árvores só hajam formigas e caturritas.
O termo deserto então provém tanto do efeito de desertificação e erosão dos solos quanto do vazio em biodiversidade e em populações humanas encontrado nas regiões de cultivo. Para mitigar estes efeitos, alguns especialistas propõem o plantio de outras espécies vegetais entre corredores dedicados ao plantio de árvores produtoras de celulose. Entretanto, as empresas resistem à aplicação de tal técnica, pois sua meta é maximizar os lucros.
Atónito no primeiro estranhar, entranhou-se-me logo de seguida. Os dotes reconhecidos, o aguçado inconformismo e uma inspiração vinda de uma tágide perdida em algum rugir, faziam adivinhar que este seria um espaço de ideias, de discussão e de muita inspiração. Brilhante introdução, com um pouco de raiva aguçada em demasia para uma introdução, mas depreendo a necessidade de cativar os receptores na primeira linha. Logo de seguida um texto fantástico, pertinente e actual sobre o eucalipto.
ResponderEliminarConsiderando a diáspora intelectual sugiro alguns temas de relevante interesse como o pastoreio transmontano, ou a análise das diferentes técnicas de lançamento do pião; temas sobre os quais Nietzsche e não tiveram tamanha coragem para o fazer.
Boa sorte com o novo blog.
Beijinhos meu querido.