Quem diria que os bancos portugueses iam estar entre os melhores da Europa!? Os stress tests foram reveladores para os que ainda tinham dúvidas. Fiquei particularmente surpreso por o BPI ser considerado o banco Ibérico em melhores condições de resistir a uma crise e por o BCP ficar à frente da Caixa Geral de Depósitos! Uma coisa é certa, apesar de alguns iluminados virem agora dizer que os testes eram fáceis, a Europa bancária está sólida. Gostava aliás que estes stress tests fossem aplicados no Estados Unidos para que pudéssemos comparar os resultados. Com certeza haveriam umas surpresas.
Portanto, aliado aos dados económico facultados pelo INE, parece que a coisa afinal está composta. É claro que nem tudo vai bem no nosso reino, mas comparativamente a outros, atrevo-me a dizer que o nosso cenário está mesmo bastante bom. A economia cresce e o emprego vai acompanhar esse crescimento apesar de ser sempre o último indicador económico a reagir, como é aliás dos livros. A taxa de juro continua baixa como convém a 75% da população. A taxa de inflação parece controlada e com certeza não será problema a curto prazo. A balança externa portuguesa nunca foi tão boa. A procura de dívida portuguesa superou hoje três vezes a oferta, com uma redução de 1% na taxa de juro aplicada. Enfim, não tenho dúvida que este ano vamos bater as previsões económicas actuais.
Com certeza muitos não concordarão com o que escrevo. Consola-me saber que baseio todo este meu raciocínio em factos comprovados. Alguns chamar-me-ão um optimista ou mesmo irrealista... o que posso aceitar desde que, os que o fizerem, não queiram ter razão! A todos estes direi apenas que gosto de me pôr do lado da solução!
Podia com certeza dissertar sobre um relambório de tragédias e cataclismos económicos. Se fosse jornalista era capaz de vender mais/fazer nome! Não o farei! Sei que o nosso portuguesismo muitas vezes obriga-nos a ser pessimistas. Somos assim, não há nada a fazer. Pela parte que me toca, quando me perguntarem "Então... tudo bem?", garanto-vos que lutarei contra o nosso típico e conhecido "Vai-se andando... dentro do possível!".