Infelizmente, todos sabemos como funciona o oportunismo político, governo ou oposição... não é relevante. Todos os temas são importantes, mas alguns temas são mais importantes que outros. A pergunta que faço é... para quem? Independentemente de hoje ser um ou amanhã outro, normalmente são tratados de forma parecida. Preocupa-me ver todos eles, salvo raras excepções, a serem debatidos de uma forma ouca, numa óptica de captação de voto ou intenção clubísticópartidária e muito pouco sobre a resolução estrutural que está inevitavelmente por detrás da quase totalidade dos assuntos nacionais. Vejo tanta gente a escrever, comentar, opinar e/ou criticar e no entanto e invariavelmente, quase tudo se traduz numa reflexão pobre, pouco informada e quase sempre com uma segunda intenção que não a resolução da problemática que justificou tanto latim.
Todos sabem que sou a favor do actual governo. Ou seja (e isto pode doer a alguns), faço parte da maioria dos Portugueses... pelo menos até novas eleições. Confesso que chego a ter pena destes ou de quaisquer outros indivíduos que venham a ocupar o seu lugar. E digo isto porquê? Quem quiser fazer um balanço sério deste governo desde que chegou ao poder, facilmente constata que este, foi o mais reformista dos últimos anos. Alguns exemplos disso são a segurança social, o regime dos militares, dos juízes, dos professores, dos médicos, do sistema de saúde, etc... Com certeza que houve muita coisa que não foi bem feita. Com certeza que muito do que foi feito podia ter sido feito de outra forma. No entanto, houve substanciais melhorias estruturais em quase todos os sectores da nossa sociedade. A mudança nunca é fácil e muito menos o combate aos lobbies instalados. No entanto, isso nunca impediu este governo de tomar medidas impopulares mas muito necessárias. A contestação faz tanto parte deste tema como a demagogia. Sei que muito dificilmente as coisas serão diferentes. Agora, também convêm não abusar. Ao ritmo a que isto vai e tendo os media cada vez mais dificuldade em vender jornais/apresentar resultados, temo que o telejornal assuma rapidamente o papel social dedicado à novela que invariavelmente o sucede.
Um dos jornais que leio diariamente chama-se Diário Económico. Parto, naturalmente, do princípio que não é um jornal das massas e que, as pessoas que o lêem como eu, têm um nível de educação/conhecimento/informação que não está certamente ao alcance de todos. Até aqui tudo bem. No entanto, o que me está a afligir são os comentários feitos pelos leitores às notícias publicadas. Permitam-me este desabafo... nunca vi escrever tanto disparate!!!! Se o nível intelectual dos mais cultos é este... isto não vai ser nada fácil. O que me leva ao cerne da questão que motivou esta entrada... educação, educação, educação.
Se reconheço que ao nível do ensino universitário estamos muito acima da média, no resto estamos talvez a anos de luz dos nossos pares. A questão prende-se com a pescadinha de rabo na boca que está montada e que alguém tem que travar. O povo, apesar de hoje em dia ter muito mais acesso à informação, recebe todo o tipo da mesma e raramente possui ferramentas intelectuais que permitam separar e filtrar o trigo do joio. O conhecimento das novas gerações é com toda a certeza infinitamente superior às anteriores, mas também o mundo é hoje infinitamente mais complexo. Antigamente o papel das escolas era maioritariamente ensinar. Atrevo-me a dizer que hoje em dia, se calhar é maioritariamente o de educar... ou devia ser! Se os pais são incultos e se os professores são incultos e se os jornalistas são incultos e se os colegas são incultos e se ninguém faz nada para que os filhos não sejam uns incultos, temo que acabe tudo a falar à Jorge Jesus! E se quem elege os nossos líderes são uma cambada de Jorge Jesuses, inevitavelmente Jorge Jesus será o próximo grande líder da nossa nação, para grande satisfação de 6.000.000, mas para mal de todos os nossos pecados!
Será assim tão difícil pegar num grupo de verdadeiros pensadores e procurar reformular a estrutura, método e conteúdo do nosso ensino. Será assim tão difícil obrigar a que as nossas crianças tenham aulas e actividades o dia todo? Será assim tão difícil que o papel da educação não se resuma às cadeiras básicas e que estimule e incentive outros aspectos como a criatividade ou a consciência social? Será assim tão difícil por as crianças a usar farda para que possam adquirir algum sentido de pertença ou disciplina? É com certeza muito difícil... e sabem porquê? Porque o Jesus só estabelece o onze, e o da equipe dele! As regras do jogo vêm lá de cima do outro Jesus que também é filho de Deus.
Felizmente, há sempre muitas excepções que confirmam a regra. Se me permitem que dê continuidade à minha analogia futebolística... sempre vão aparecendo uns Mourinhos. O problema é que enquanto não arrumarmos a casa vão continuar todos no estrangeiro, porque isto aqui é uma maravilha mas é para vir de férias...
A nossa sorte é que está quase a começar a época e portanto, depois de esgotado o tema da Vivo e após uma pequena reciclagem da polémica em torno dos preços da gasolina, bola pró mato que hoje é jogo de campeonato!
Todos sabem que sou a favor do actual governo. Ou seja (e isto pode doer a alguns), faço parte da maioria dos Portugueses... pelo menos até novas eleições. Confesso que chego a ter pena destes ou de quaisquer outros indivíduos que venham a ocupar o seu lugar. E digo isto porquê? Quem quiser fazer um balanço sério deste governo desde que chegou ao poder, facilmente constata que este, foi o mais reformista dos últimos anos. Alguns exemplos disso são a segurança social, o regime dos militares, dos juízes, dos professores, dos médicos, do sistema de saúde, etc... Com certeza que houve muita coisa que não foi bem feita. Com certeza que muito do que foi feito podia ter sido feito de outra forma. No entanto, houve substanciais melhorias estruturais em quase todos os sectores da nossa sociedade. A mudança nunca é fácil e muito menos o combate aos lobbies instalados. No entanto, isso nunca impediu este governo de tomar medidas impopulares mas muito necessárias. A contestação faz tanto parte deste tema como a demagogia. Sei que muito dificilmente as coisas serão diferentes. Agora, também convêm não abusar. Ao ritmo a que isto vai e tendo os media cada vez mais dificuldade em vender jornais/apresentar resultados, temo que o telejornal assuma rapidamente o papel social dedicado à novela que invariavelmente o sucede.
Um dos jornais que leio diariamente chama-se Diário Económico. Parto, naturalmente, do princípio que não é um jornal das massas e que, as pessoas que o lêem como eu, têm um nível de educação/conhecimento/informação que não está certamente ao alcance de todos. Até aqui tudo bem. No entanto, o que me está a afligir são os comentários feitos pelos leitores às notícias publicadas. Permitam-me este desabafo... nunca vi escrever tanto disparate!!!! Se o nível intelectual dos mais cultos é este... isto não vai ser nada fácil. O que me leva ao cerne da questão que motivou esta entrada... educação, educação, educação.
Se reconheço que ao nível do ensino universitário estamos muito acima da média, no resto estamos talvez a anos de luz dos nossos pares. A questão prende-se com a pescadinha de rabo na boca que está montada e que alguém tem que travar. O povo, apesar de hoje em dia ter muito mais acesso à informação, recebe todo o tipo da mesma e raramente possui ferramentas intelectuais que permitam separar e filtrar o trigo do joio. O conhecimento das novas gerações é com toda a certeza infinitamente superior às anteriores, mas também o mundo é hoje infinitamente mais complexo. Antigamente o papel das escolas era maioritariamente ensinar. Atrevo-me a dizer que hoje em dia, se calhar é maioritariamente o de educar... ou devia ser! Se os pais são incultos e se os professores são incultos e se os jornalistas são incultos e se os colegas são incultos e se ninguém faz nada para que os filhos não sejam uns incultos, temo que acabe tudo a falar à Jorge Jesus! E se quem elege os nossos líderes são uma cambada de Jorge Jesuses, inevitavelmente Jorge Jesus será o próximo grande líder da nossa nação, para grande satisfação de 6.000.000, mas para mal de todos os nossos pecados!
Será assim tão difícil pegar num grupo de verdadeiros pensadores e procurar reformular a estrutura, método e conteúdo do nosso ensino. Será assim tão difícil obrigar a que as nossas crianças tenham aulas e actividades o dia todo? Será assim tão difícil que o papel da educação não se resuma às cadeiras básicas e que estimule e incentive outros aspectos como a criatividade ou a consciência social? Será assim tão difícil por as crianças a usar farda para que possam adquirir algum sentido de pertença ou disciplina? É com certeza muito difícil... e sabem porquê? Porque o Jesus só estabelece o onze, e o da equipe dele! As regras do jogo vêm lá de cima do outro Jesus que também é filho de Deus.
Felizmente, há sempre muitas excepções que confirmam a regra. Se me permitem que dê continuidade à minha analogia futebolística... sempre vão aparecendo uns Mourinhos. O problema é que enquanto não arrumarmos a casa vão continuar todos no estrangeiro, porque isto aqui é uma maravilha mas é para vir de férias...
A nossa sorte é que está quase a começar a época e portanto, depois de esgotado o tema da Vivo e após uma pequena reciclagem da polémica em torno dos preços da gasolina, bola pró mato que hoje é jogo de campeonato!
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